Especiação
- Especiação parapátrica.
Alopátrica
A especiação alopátrica
ocorre quando duas espécies são separadas por um isolamento geográfico. O
isolamento pode ocorrer devido à grande distância ou uma barreira
física, como um deserto, rio ou montanha. A especiação bem-sucedida é
vista na figura abaixo. Os tentilhões observados por Darwin é um exemplo
dessa especiação na qual ele observou que, nas ilhas Galápagos, eles se
diferenciavam pelo tipo de bico. Além disso, seria uma forma de
adaptação à dieta alimentar de cada uma das 14 espécies.
Exemplo de especiação alopátrica (Foto: USP)
Simpátrica
A especiação simpátrica
diferencia-se da alopátrica pela ausência da separação geográfica. Nessa
especiação, duas populações de uma mesma espécie vivem na mesma área,
mas não há cruzamento entre as mesmas, resultando em diferenças que
levarão à especiação, ou seja, a uma nova espécie. Isso pode ocorrer
pelo fato dos indivíduos explorarem outros nichos, como insetos
herbívoros que experimentam uma nova planta hospedeira.
Moscas que vivem no mesmo local, mas se alimentam de frutos diferentes. (Foto: USP)
Parapátrica
A especiação parapátrica ocorre em duas populações da mesma espécie que também não possuem nenhuma barreira física, mas sim uma barreira ao fluxo gênico (migração de genes) entre as espécies. É uma população contínua, mas que não se cruza aleatoriamente, caso tenha o intercruzamento, o resultado são descendentes híbridos. Um exemplo dessa especiação é o caso das gramíneas Anthoxanthum, que se diferenciou por certas espécies estarem fixadas em um substrato contaminado com metais pesados.Dessa forma, houve a seleção natural para esses indivíduos, que foram se adaptando para genótipos tolerantes a esses metais pesados. Ao longo prazo, essas espécies foram adquirindo características diferentes, como a mudança de floração impossibilitando o cruzamento, acabando com o fluxo gênico entre esses grupos.
Espécie de gramínea à esquerda em um solo não contaminado e à direita, contaminada por metais pesados (Foto: USP)